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Gregor Mendel - Pai da Genética

Postado em 07/07/21
Gregor Mendel - Pai da Genética

Gregor Johann Mendel foi um monge agostiniano que é, atualmente, reconhecido como o pai da genética. Nascido em 1822, Mendel conseguiu entender como as características eram transmitidas entre as gerações. Apesar de na época não se ter conhecimento de processos como meiose e mitose, DNA e cromossomos, ele foi capaz de compreender que existiam fatores que garantiam a hereditariedade. Infelizmente suas pesquisas não foram reconhecidas em vida, mas os resultados de seus estudos foram a base para o desenvolvimento da genética.

Johann Mendek, seu nome de batismo, nasceu na Morávia, parte da atual República Tcheca.  Por ser filho de agricultores, vivia uma vida simples e com poucos recursos para a educação. Aos 21 anos, entrou para o Monastério da Ordem de Santo Agostinho, com intuito de dar continuidade aos seus estudos. No monastério, Johann recebeu o nome de Gregor e realizava diversas atividades relacionadas à educação. O naturalista e abade Franz Cyril Napp foi seu mentor e em 1851 o enviou para um estágio na Universidade de Viena. Lá, Mendel estudou física, matemática e história natural durante os anos de 1851 a 1853, o que contribuiu para o desenvolvimento de suas pesquisas.

Ao retornar a Brunn, cidade do monastério, passou a ministrar aulas em uma escola local. Com ajuda do seu mentor, ele construiu uma grande estufa para prosseguir com seus estudos iniciados em Viena. Vários trabalhos foram realizados por Mendel, mas o de maior destaque foi o estudo feito com ervilhas (Pisum sativum). Os trabalhos de Mendel baseavam-se no cruzamento de variedades de ervilhas e nas análises de como as características eram passadas adiante de uma geração para outra. Mendel cultivou quase 30 mil plantas de ervilha, cujas partes reprodutivas eram dissecadas minuciosamente para obter os cruzamentos controlados, que lhe permitiriam entender como características simples, como cor das flores e formato das sementes, eram transmitidas de uma geração para outra.

Os resultados foram publicados nos anais da Sociedade de História Natural de Brunn em 1866. Mendel faleceu no dia 6 de janeiro de 1884, antes de ter o seu devido reconhecimento. Apenas na virada para o século XX, os botânicos europeus Hugo de Vries, Carl Correns e Erich Tschermak-Seysenegg se aproximaram dos mesmos resultados e descobriram o estudo publicado mais de 30 anos antes. O zoólogo William Bateson difundiu o trabalho de Mendel ao publicar o texto, em inglês, no ano de 1901, na revista Journal of the Royal Horticultural Society com os devidos créditos. Foi a partir disso, que Gregor Mendel passou a ser reconhecido como o Pai da Genética.

 

As leis de Mendel

Em suas pesquisas feitas com as ervilhas, Mendel analisou sete características da planta: forma da semente, cor da semente, forma da vagem, cor da vagem, altura da planta, cor da flor, e posição da flor na planta. Ele realizou cruzamentos e examinou os descendentes de maneira muito cuidadosa, seguindo critérios científicos. Também analisou matematicamente seus resultados, em uma associação entre matemática e biologia à frente do seu tempo. A princípio, ele realizou cruzamentos com ervilhas, analisando apenas uma característica. Essa análise levou à formulação da primeira lei de Mendel. Posteriormente, ele analisou mais de uma característica em cada cruzamento, sendo esse método responsável pela sua segunda lei.

 

Primeira lei de Mendel ou Lei da Segregação dos Fatores

Cada caráter é determinado por um par de fatores que se segregam na formação dos gametas, nos quais ocorrem em dose simples.

“Cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação dos gametas, indo um fator do par para cada gameta, que é, portanto, puro”.

 

Segunda lei de Mendel ou Lei da Segregação Independente

Os fatores que determinam diferentes caracteres distribuem-se independentemente para os gametas e combinam-se ao acaso.

“as diferenças de uma característica são herdadas independentemente das diferenças em outras características”.